Na última sexta-feira o IBGE divulgou o resultado do IPCA-15 do mês. Este índice é considerado como sendo a prévia da inflação do mês e foi apresentado como tendo um resultado que corresponde a quase a metade do apurado no mês anterior. Isso é verdade, mas não podemos pensar que a inflação está arrefecendo. Pelo contrário, a tendência de seu comportamento é de alta. O índice para o mês de maio foi de 0,60%. Muito menor do que o apurado em abril, que foi de 1,07%, mas ainda superior à inflação verificada em maio de 2014, que foi de 0,46%.
Se esse índice se confirmar a inflação acumulada nos últimos 12 meses ficará em 8,32%, maior do que a do mês anterior que estava em 8,17%. Esse é o indicador de que a tendência da inflação é de alta. Mas a inflação de maio deverá ser um pouco menor do que o apurado pelo IPCA-15, algo em torno de 0,54%. Mas se mantém a tendência de alta.
Com efeito, as expectativas são de que a inflação feche o ano de 2015 em torno de 8,37%. Quase o dobro do centro da meta e bem acima do seu teto.
O pior de tudo isto é que o governo federal não está tomando nenhuma medida mais concreta para o controle da inflação, muito embora o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, tenha afirmado que o governo quer levar a inflação para o centro da meta em 2016.
As medidas mais significantes que estão sendo tomadas são políticas fiscais que visam reduzir despesas e aumentar arrecadação. Tudo isso para tentar equilibrar as finanças públicas.
Para o controle da inflação mesmo, muito pouco ou quase nada está sendo feito. O aumento da Selic em meio ponto percentual pode ajudar, mas se tiver outras ações combinadas. A economia brasileira precisa de uma política monetária mais robusta e mais rígida para poder combater a pressão inflacionária.
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