Com a divulgação do resultado de novembro de 2014 da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), o IBGE apontou para uma redução do nível de pessoal ocupado em 0,4% no mês de novembro em relação a outubro do mesmo ano. Nos últimos doze meses (dezembro/2013 a novembro/2014) a redução foi de 3,0% e o acumulado no ano de 2014 aponta para uma redução do nível de pessoas ocupadas na indústria de 3,1%.
Redução da ocupação significa aumento do desemprego. Entretanto a pesquisa abordou somente o setor industrial, o que podemos concluir que o setor industrial brasileiro demitiu mais do que contratou em 2014, mas não isto não significa que essas pessoas continuaram desempregadas ou se foram absorvidas por outros segmentos da economia.
De qualquer forma a redução do emprego no setor industrial segue o comportamento do nível de atividade do setor industrial, que deverá ter uma redução em torno de 2,5%, em 2014.
E pelo “andar da carruagem” esses postos de trabalho não deverão ser repostos em 2015: a expectativa é de que a produção industrial cresça somente 0,71%. Isto se o setor não for afetado negativamente por medidas de políticas econômicas.
Também tem a possibilidade de que esse aumento da produção possa ser absorvido com aumento de produtividade e, com isso, não haverá necessidade de novas contratações.
Outra conclusão que podemos considerar é que o setor industrial terá dificuldades de promover aumentos reais na massa salarial paga pelo setor. Exemplo disto é a aceitação por parte dos funcionários da Volkswagen que concordaram com o congelamento dos salários para evitar demissões.
Daí para frente tem os encadeamentos naturais desses eventos, pois se a indústria for mal os outros segmentos da economia também correrão riscos de sofrer desempenhos ruins.
Depois de muitos anos o desemprego pode voltar a assombrar os brasileiros.
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