A Pesquisa Mensal do Comércio divulgada hoje (15/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que comércio varejista brasileiro apresentou um crescimento de 1,1% no volume de vendas no mês de agosto em comparação como mês de julho deste ano. Já para o mesmo período a receita nominal cresceu 1,3%.
Pode até parecer um dado animador, mas quando comparamos a média móvel trimestral temos os resultados de -0,2% para o volume de vendas e de 0,2% para a receita nominal. Este indicador analisa a evolução da média dos três últimos meses com períodos anteriores e pode ser considerado um importante rastreador de tendência. Com isso o comércio varejista não tem muito que comemorar.
Acontece que o mês de agosto é o começo da retomada das vendas após a “paradeira” geral no período da copa do mundo de futebol, onde parece que somente a FIFA e a Alemanha ganharam algo.
A expectativa dos comerciantes é que com as vendas do dia das crianças e com a proximidade do Natal as coisas melhorem e as vendas aumentem para poder manter os seus negócios, pelo menos, equilibrados. Mas a tendência apontada pela pesquisa é de que ainda deve demorar um pouco para as vendas do setor ultrapassar os níveis dos anos anteriores.
Podemos pegar alguns exemplos apontados na pesquisa para demonstrar isso: a atividade de super e hipermercados teve um volume de vendas em agosto de 2014 menor do ocorrido em agosto de 2013(-1,9%), o mesmo aconteceu com os setores de móveis (-7,2%), de eletrodomésticos (-7,6%), livraria e papelaria (-8,9%) e de material de construção (-5,7%).
Por outro lado temos que a receita nominal do comércio teve um crescimento acumulado nos últimos 12 meses de 10,1%, mas temos que considerar que no mesmo período a inflação acumulada foi de 6,51%.
A variação do volume de vendas do comércio varejista acumulou de janeiro a agosto de 2014, uma evolução de 2,9%. O desempenho do setor no estado do Paraná ficou abaixo da média nacional, foi de 2,7%, no mesmo período. Na comparação da variação do volume de vendas com o mesmo mês do ano anterior, 16 estados apresentaram resultados negativos, dentre eles o do Paraná que apresentou uma redução do volume de vendas de 1,1%.
Muitas medidas ainda deverão ser tomadas para que possamos entrar em 2015 com indicadores melhores e não ter reflexos negativos no nível de emprego.
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