quinta-feira, 4 de junho de 2015

Desemprego tem desempenho pífio nos últimos 12 meses

Como já havia comentado o desemprego começa a assustar os trabalhadores brasileiros. Notícias veiculadas nas seções de economia e que foram manchetes de capa dão conta de confirmar essa expectativa: cada trabalhador americano produz por quatro brasileiros, produção industrial tem terceira queda seguida, taxa de desemprego vai a 8% no trimestre até abril, freada da economia corta 552 mil postos de trabalho formal no País, entre outras.

Embora o estado do Paraná tenha obtido um bom desempenho de geração de emprego nos primeiros meses de 2015, esse resultado não pode ser considerado como bom. Em outros momentos o total de empregos líquidos gerados foi bem melhor. Sem falar que a base comparativa é um País que dá mostras de que uma forte recessão está pela frente.

No período de maio/2014 a abril/2015, no estado, foram contratados 1,485 milhão de pessoas e demitidas 1,483 milhão. Em 12 meses foram criados somente 2.246 novos postos de trabalho no estado. Ortigueira foi o município que mais gerou novos empregos no período, 3.306. É seguido de Cascavel (2.627), Toledo (1.390) e Castro (1.061), entre outros.

Pelo lado oposto temos que o município que mais destruiu postos de trabalho foi Curitiba, onde o desemprego líquido no período foi de 7.329 demissões. São José dos Pinhais foi o segundo município que mais gerou desemprego líquido, com 5.498 seguido de Apucarana, com 1.459. 


A expectativa de aumento do desemprego continua. No primeiro trimestre o PIB encolheu 0,2% em relação ao trimestre anterior e a expectativa é de uma retração de 1,3% no ano. Sem falar que a produção industrial deve cair 2,8%. Esse comportamento já está sendo sentido no mercado de trabalho onde o setor industrial é responsável pelo maior volume de demissões em muitas regiões.

Contrastando com essas informações temos as medidas econômicas dos governos federal e estaduais que são essencialmente  contracionistas. Com efeito, o cenário vai ser mesmo de queda na produção e de aumento do desemprego. Infelizmente.

E não estamos vendo as autoridades políticas e econômicas fazerem nada para mudar ou pelo menos amenizar esse cenário negativo.


Related Posts:

  • Ajustes e desajustesDiz o ditado popular: “a mentira tem perna curta”. E tem mesmo. O governo federal tentou, nos últimos cinco anos, passar uma imagem de brilhantismo na gestão fiscal combinando aumento na arrecadação com o respectivo aumento d… Read More
  • Vamos cortar o cafezinho?Mais uma vez está chegando o fim de ano e novamente uma ideia recorrente nos municípios se repete: prefeituras querendo trabalhar meio expediente com a justificativa de economizar recursos para pagar as despesas do encerramen… Read More
  • À espera da China e dos Estados UnidosO governo chinês resolveu liberar as famílias a terem um segundo filho. A política de filho(a) único(a) vinha desde 1979. A decisão está motivada pela efeito da transição demográfica que causou o envelhecimento da população c… Read More
  • Expectativas do mercado indicam “tempos ruins” para nossa economiaO mercado refez suas expectativas quanto ao crescimento da economia brasileira para 2015 e 2016, agora apostam em retração de 3,05% e 1,51%, respectivamente. Também foi revisada e expectativa quanto á dívida líquida do s… Read More
  • Envelheço na cidadeRecentemente a população paulista e paranaense foi pega de surpresa com os anúncios de seus respectivos governos estaduais de que estes iriam promover o fechamento de dezenas de escolas e colégios. A principal justificativa p… Read More

0 comentários:

Postar um comentário